O rádio de galena é um dos receptores mais simples de modulação AM que se pode construir. Ele utiliza as propriedades semicondutoras do mineral galena, um dos primeiros semicondutores utilizados, ou seja, antes do germânio e silício. Ele demanda uma antena de grande extensão (tipicamente 15 m de fio cru, um circuito ressonante, formado por uma bobina em um capacitor, em que um deles é variável) vide indutor variável e capacitor variável sintonizado na freqüência AM de interesse, passando por um circuito retificador (formado pelo diodo de galena) associado com um circuito "passa-baixa" do tipo RC (resistor-capacitor), que filtra as altas freqüências. O sinal, sintonizado, retificado e filtrado é transmitido diretamente a um transdutor de alta impedância do tipo transdutor de cristal como monofone (alto-falante). O rádio de galena não necessita de fonte externa de energia para produzir som audível no monofone: toda a energia é captada pela antena de grandes dimensões, tipicamente de 1/2, 1/4 e 1/8 do comprimento de onda a ser sintonizado.
Ele foi muito utilizado antigamente por pessoas que não tinham energia elétrica em suas residências e pela facilidade de se encontrar as peças, diferente de hoje, sendo muito difícil a obtenção das mesmas. Com isso, o rádio de galena foi conquistando milhares de pessoas ao longo dos anos que se encantaram com seus recursos.
No ano de 1863 quando, em Cambridge - Inglaterra, James Clerck Maxwell demonstrou teoricamente a provável existência das ondas eletromagnéticas. James era professor de física experimental e a partir desta revelação outros pesquisadores se interessaram pelo assunto. O alemão Henrich Rudolph Hertz (1857-1894) foi um deles.
O princípio da propagação radiofônica veio mesmo em 1887, através de Hertz. Fez saltar faíscas através do ar que separavam duas bolas de cobre. Por causa disso os antigos "quilociclos" passaram a ser chamados "ondas hertzianas" ou "quilohertz".
Postado por: Christini